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quinta-feira, maio 29, 2014

a mão que pede

a mão que pede
e não alcança
de tanto pedir, cansa
a mesma mão
na desesperança
a arma vai sacar
para poder tomar

domingo, maio 11, 2014

16

queria escrever uma música
não um poema - que dilema! -
em que o ritmo não caísse
e o silêncio sobressaísse.

sexta-feira, maio 09, 2014

15

Um pé, cinco dedos.
Não é o chulé
que causa medo
é sua força
ao pisar e esmagar
a pobre formiga
que passeava
aliás, trabalhava
buscava comida
para aliviar sua vida
sempre sofrida.

Quantos enormes pés há por aí
a esmagar pequenas formigas?

quinta-feira, maio 08, 2014

14

solidão é uma triste senhora
rejeitada, ninguém quer
mas insiste pegar no nosso pé

quarta-feira, maio 07, 2014

13

Acordei
triste pesadelo!
Bandeiras e mais bandeiras
(e muitos bandeirantes)
gritos efusivos de gol
ignoravam os corpos
despejados, caídos pelo chão...
Tudo era festa
havia até patrocínio oficial.
Boçal!

segunda-feira, maio 05, 2014

11

uma chuva de cartazes
segurados por muitas mãos
pés que caminham
(em qual direção?)
bocas que gritam
pedem um novo país
mas o poder é surdo
e analfabeto.

domingo, maio 04, 2014

10

É perigoso o amor
próximo a fogueira
em meio a neve ligeira...

Se o desejo vem  em rompante
sair da cama ainda quente,
quando se é o amante...

sábado, maio 03, 2014

sexta-feira, maio 02, 2014

8

o vento arranca
a pétala da rosa
envelhecida
dando-lhe nova vida

lembro daquele momento
que não aconteceu
vida que se perdeu.

quinta-feira, maio 01, 2014

Pinheiro amarelo

alimentava meus olhos
o amarelo daquela árvore
cortaram-na...

meu dia e meu poema
ficou sem rima, sem ritmo
e sem final.