a rosa era azul
cravada no vermelho
do tecido cru
rosa tecida
fios sobre o chão
tornou mais triste
o meu coração
Publicação de contos, crônicas, poesias e artigos escritos por Adailtom Alves Teixeira (em artes Adailtom Alves). Outras redes: https://linktr.ee/adailtom.alves
Pesquisar este blog
quinta-feira, julho 31, 2014
quarta-feira, julho 30, 2014
terça-feira, julho 29, 2014
segunda-feira, julho 28, 2014
domingo, julho 27, 2014
goteira
vida-goteira
sempre a gotejar
pinga dia sim
outro não
nunca enche o pote
mas, um dia
romperá a telha
transbordará
esparramando-se
feito mar
sempre a gotejar
pinga dia sim
outro não
nunca enche o pote
mas, um dia
romperá a telha
transbordará
esparramando-se
feito mar
sábado, julho 26, 2014
caverna
porta entreaberta
fresta de luz, raio
que vem e desperta
cegueira diária
vasta multidão
vida ordinária
presos na senzala
ignoram a luz
gritos que se cala
fresta de luz, raio
que vem e desperta
cegueira diária
vasta multidão
vida ordinária
presos na senzala
ignoram a luz
gritos que se cala
sexta-feira, julho 25, 2014
monturo
olhei pro passado
não vi o presente
sonhei com o futuro
rastro de destruição...
quando iremos vencer?
tanta perdição, monturo
não vi o presente
sonhei com o futuro
rastro de destruição...
quando iremos vencer?
tanta perdição, monturo
quinta-feira, julho 24, 2014
quarta-feira, julho 23, 2014
terça-feira, julho 22, 2014
sertão IV
sentir o sertão:
correr o seco
mergulhar na caatinga
pegar o sol com a mão
desejar a flor
colher espinho
correr o seco
mergulhar na caatinga
pegar o sol com a mão
desejar a flor
colher espinho
segunda-feira, julho 21, 2014
resistência
contra a força bruta
resistência
onde calam a fala
explode o canto
sempre há de brotar
flor do asfalto
resistência
onde calam a fala
explode o canto
sempre há de brotar
flor do asfalto
domingo, julho 20, 2014
mar
quebra onda
vem segredar
vem me trazer
segredos do mar
molha meus pés
enquanto sonho
vida que muda
eu tão bisonho
a maresia
pura alegria
quase sabor
em seu odor
quebra onda
vem revelar
o bom viver
fora do mar
vem segredar
vem me trazer
segredos do mar
molha meus pés
enquanto sonho
vida que muda
eu tão bisonho
a maresia
pura alegria
quase sabor
em seu odor
quebra onda
vem revelar
o bom viver
fora do mar
sábado, julho 19, 2014
Pássaro da ditadura
Curió
(em nossas terras)
pássaro que não sabe voar...
corre, corre, corre
(tem até papagaios)
ele sabe atirar
tanto bicho estranho
(tudo se pode ser)
com pena pra pagar
o verde ouro
(pelada serra)
a anistiar
(em nossas terras)
pássaro que não sabe voar...
corre, corre, corre
(tem até papagaios)
ele sabe atirar
tanto bicho estranho
(tudo se pode ser)
com pena pra pagar
o verde ouro
(pelada serra)
a anistiar
sexta-feira, julho 18, 2014
quinta-feira, julho 17, 2014
A
luto luto luto luto luto luto
ater-se a luta
lutar até
ter luta
lutar a
terra luta
luta luta luta luta luta luta
ater-se a luta
lutar até
ter luta
lutar a
terra luta
luta luta luta luta luta luta
quarta-feira, julho 16, 2014
personagens
cadê o Arlequino
Pedro Malazartes
Chicó, João Grilo?
Cadê o malandro do morro?
Se ainda há, pedem socorro
filhos de um tempo pregresso
engolidos pelo progresso
Pedro Malazartes
Chicó, João Grilo?
Cadê o malandro do morro?
Se ainda há, pedem socorro
filhos de um tempo pregresso
engolidos pelo progresso
terça-feira, julho 15, 2014
vontade II
só por hoje não falarei das mazelas
falarei de sorrisos de crianças
do afago das mães...
só não posso abrir a janela
só por hoje, a vida será bela
o vento sopra perfume de flores
gato corre, brinca
com o filhote da cadela
por distração, assomo à janela
o sonho caiu por terra
toda a dura realidade
bate a minha cara, me soterra
falarei de sorrisos de crianças
do afago das mães...
só não posso abrir a janela
só por hoje, a vida será bela
o vento sopra perfume de flores
gato corre, brinca
com o filhote da cadela
por distração, assomo à janela
o sonho caiu por terra
toda a dura realidade
bate a minha cara, me soterra
segunda-feira, julho 14, 2014
sábado, julho 12, 2014
cotidiano
no aperto diário do trem
tentar ser, encontrar o humano
ver poesia onde não tem
quebrar as couraças que nos impõem
sobreviver ao cotidiano
encher de vida o vai e vem
tentar ser, encontrar o humano
ver poesia onde não tem
quebrar as couraças que nos impõem
sobreviver ao cotidiano
encher de vida o vai e vem
sexta-feira, julho 11, 2014
terça-feira, julho 08, 2014
segunda-feira, julho 07, 2014
São Paulo II
São Paulo é tudo que há
inclusive a falta de ar
São Paulo é tudo de bom
até sua falta de tom
São Paulo não dá mais
cresceu, cresceu demais
São Paulo é só contradição
nem tudo tem solução
São Paulo, procure e vai achar
desde que possa pagar
inclusive a falta de ar
São Paulo é tudo de bom
até sua falta de tom
São Paulo não dá mais
cresceu, cresceu demais
São Paulo é só contradição
nem tudo tem solução
São Paulo, procure e vai achar
desde que possa pagar
domingo, julho 06, 2014
ruas II
saber que é de todos
do casal a passear
e do sem teto
que em ti
vai morar
ruas de disputas
de camelôs, mendigos
artistas e putas
ruas largas, estreitas
todos a reinventarem
ao te ocuparem...
do casal a passear
e do sem teto
que em ti
vai morar
ruas de disputas
de camelôs, mendigos
artistas e putas
ruas largas, estreitas
todos a reinventarem
ao te ocuparem...
sábado, julho 05, 2014
vontade
quero fazer um poema
que te arranque do cômodo
do mesmo lugar
que te angustie
que não te deixe contente
que te zangue
te faça indignar
com os absurdos da vida
com o dia-a-dia de nossa gente
pobre, sofrida
que meu poema te tire do lugar
e te faça lutar
que te arranque do cômodo
do mesmo lugar
que te angustie
que não te deixe contente
que te zangue
te faça indignar
com os absurdos da vida
com o dia-a-dia de nossa gente
pobre, sofrida
que meu poema te tire do lugar
e te faça lutar
sexta-feira, julho 04, 2014
ruas
a rebeldia organizada
tomou as ruas
querem mudar
tudo que aí estar
querem o novo
demonstram que o poder
sempre emana do povo
tomou as ruas
querem mudar
tudo que aí estar
querem o novo
demonstram que o poder
sempre emana do povo
quinta-feira, julho 03, 2014
sabedoria popular
gato toma banho de língua
com medo de se molhar
cobras sabem rastejar
por falta de pés pra caminhar
gente fala
até quando deve calar
com medo de se molhar
cobras sabem rastejar
por falta de pés pra caminhar
gente fala
até quando deve calar
quarta-feira, julho 02, 2014
terça-feira, julho 01, 2014
Assinar:
Postagens (Atom)