moinho, favela
ela, moída no torvelinho
de um tempo-mazela
passarela da especulação
levanta do ninho
a mãe e seu menino
vidas devoradas sem carinho
por essa situação
da vida-mercadoria
de um tempo sem salvação
2013
Publicação de contos, crônicas, poesias e artigos escritos por Adailtom Alves Teixeira (em artes Adailtom Alves). Outras redes: https://linktr.ee/adailtom.alves
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domingo, dezembro 25, 2016
sábado, dezembro 24, 2016
teu nome
destruidor de matas virgens
inventor de máquinas
que moem dedos
com afiadas lâminas
criador de trens, trilhos
carros, barcos, avião
armas, bomba atômica
e toda destruição
teu nome é tudo isso
e todo o reverso
aponta e erra a direção
teu nome é progresso
23/11/13
inventor de máquinas
que moem dedos
com afiadas lâminas
criador de trens, trilhos
carros, barcos, avião
armas, bomba atômica
e toda destruição
teu nome é tudo isso
e todo o reverso
aponta e erra a direção
teu nome é progresso
23/11/13
sexta-feira, dezembro 23, 2016
quinta-feira, dezembro 22, 2016
econômico
meu jogo econômico é outro
o pib medido em solidariedade
moeda sólida
sem flutuação
investimento certo
que me faz crescer
a competitividade é por mais amor
garantindo a sustentabilidade
de nossa humanidade
o pib medido em solidariedade
moeda sólida
sem flutuação
investimento certo
que me faz crescer
a competitividade é por mais amor
garantindo a sustentabilidade
de nossa humanidade
quarta-feira, dezembro 21, 2016
macunaímico
sempre tive vocação pra vagabundo
prefiro o não fazer
a alimentar sistema nauseabundo
sou macunaíma,
sou carlitos e seu garoto
até que acabemos
com o que nos deixa roto
prefiro o não fazer
a alimentar sistema nauseabundo
sou macunaíma,
sou carlitos e seu garoto
até que acabemos
com o que nos deixa roto
terça-feira, dezembro 20, 2016
partida
saiu do sertão
sua terra, seu chão
desde criança
o cabo da enxada
queria melhorar
(o quê?)
firmou-se:
- vambora!
cidade grande
acorda três e meia
pra pegar às sete
seu filho ao lado
o amargo café
gosto de vida
de vida fudida
saiu do sertão
pra cair na construção
sua terra, seu chão
desde criança
o cabo da enxada
queria melhorar
(o quê?)
firmou-se:
- vambora!
cidade grande
acorda três e meia
pra pegar às sete
seu filho ao lado
o amargo café
gosto de vida
de vida fudida
saiu do sertão
pra cair na construção
segunda-feira, dezembro 19, 2016
como dormir
como dormir
se lá fora tudo é estreito?
como dormir
se lá fora nada parece ter jeito?
como dormir
se lá fora o amor foi desfeito?
como dormir
se há tanta gente sem leito?
como dormir
se quem rouba se torna prefeito?
como dormir
se lutar se tornou um defeito?
como dormir
com essa dor em meu peito?
29/10/13
se lá fora tudo é estreito?
como dormir
se lá fora nada parece ter jeito?
como dormir
se lá fora o amor foi desfeito?
como dormir
se há tanta gente sem leito?
como dormir
se quem rouba se torna prefeito?
como dormir
se lutar se tornou um defeito?
como dormir
com essa dor em meu peito?
29/10/13
quinta-feira, dezembro 15, 2016
ouro negro
a sessenta anos
o povo marchava
hoje, apenas propaganda
naquele tempo se reivindicava
e ainda hoje:
o petróleo é nosso!
não queremos que vá para o estrangeiro
e sim que seja do povo brasileiro
nosso grito continua a ecoar
e continuará
até a situação mudar.
mas, ouro negro,
continuam a te entregar.
23/10/13
o povo marchava
hoje, apenas propaganda
naquele tempo se reivindicava
e ainda hoje:
o petróleo é nosso!
não queremos que vá para o estrangeiro
e sim que seja do povo brasileiro
nosso grito continua a ecoar
e continuará
até a situação mudar.
mas, ouro negro,
continuam a te entregar.
23/10/13
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