não é mais possível beber água
sem pensar em seu preço
assim também é uma árvore:
vemos os produtos que dela pode brotar
não se diz um punhado de terra
a medimos em hectares, para o gado pastar
por isso aproveito a brisa em meu rosto
componho desenhos com nuvens
que emolduro com o pôr do sol
nas noites de lua, aprecio em demasia
antes que o maldito capitalismo
transforme tudo em mercadoria