alegria é morrer de amor
continuar a viver
e a perder-se em teu sorriso
Publicação de contos, crônicas, poesias e artigos escritos por Adailtom Alves Teixeira (em artes Adailtom Alves). Outras redes: https://linktr.ee/adailtom.alves
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quarta-feira, abril 30, 2014
terça-feira, abril 29, 2014
sábado, abril 26, 2014
Tempo
naquele outubro primaveril
corri para pegar o sol
veio a noite de meus dias
o tempo logo escorregou
minhas calças encurtaram
minha juventude levou
corri para pegar o sol
veio a noite de meus dias
o tempo logo escorregou
minhas calças encurtaram
minha juventude levou
sexta-feira, abril 25, 2014
Cena
o menino saca a arma
puxa o gatilho
(apito de trem ao longe)
em preto e branco
sorrir para a mãe
a bala (em cores)
sai lentamente
ainda vemos o rosto da vítima
(close)
espanto
não há final feliz
não há final feliz
o giroflex, a sirene
a cidade vista do alto
música triste
não há final feliz
não há final feliz
puxa o gatilho
(apito de trem ao longe)
em preto e branco
sorrir para a mãe
a bala (em cores)
sai lentamente
ainda vemos o rosto da vítima
(close)
espanto
não há final feliz
não há final feliz
o giroflex, a sirene
a cidade vista do alto
música triste
não há final feliz
não há final feliz
quinta-feira, abril 24, 2014
Sexta-feira
Para Selma
Aquela sexta-feiraera apenas um jantar
fui encontrar-me
Aquela sexta-feira
você a cozinhar
fui pra não voltar
Aquela sexta-feira
nós dois a conversar
noite adentro amar, amar...
Tenho aquela sexta-feira
em teus olhos a brilhar
no teu sorriso ao acordar.
quarta-feira, abril 23, 2014
terça-feira, abril 22, 2014
segunda-feira, abril 21, 2014
domingo, abril 20, 2014
sábado, abril 19, 2014
História popular
Onde está a Margarida?
Depois que atirou o pau no gato
pegou o trem de ferro
chupando um pirolito
dançou a ciranda
na capelinha de melão
com cinco escravos de Jó.
Foi pescar o peixe vivo
mas a canoa virou...
Foi socorrida pela Sinhá Marreca
e pelo sapo Jururu.
Já salva, juntou o seu pezinho
ao lado de Teresinha de Jesus
e orou para São João da-ra-rão!
Depois que atirou o pau no gato
pegou o trem de ferro
chupando um pirolito
dançou a ciranda
na capelinha de melão
com cinco escravos de Jó.
Foi pescar o peixe vivo
mas a canoa virou...
Foi socorrida pela Sinhá Marreca
e pelo sapo Jururu.
Já salva, juntou o seu pezinho
ao lado de Teresinha de Jesus
e orou para São João da-ra-rão!
sexta-feira, abril 18, 2014
quinta-feira, abril 17, 2014
quarta-feira, abril 16, 2014
Cadeia alimentar
A criança
(em seu instinto?)
sobre a cadeia alimentar:
se a lagartixa come a borboleta
o bicho homem tem de matá-la.
Dialogo:
no meio silvestre é natural
mas o humano pode optar.
(em seu instinto?)
sobre a cadeia alimentar:
se a lagartixa come a borboleta
o bicho homem tem de matá-la.
Dialogo:
no meio silvestre é natural
mas o humano pode optar.
quarta-feira, abril 09, 2014
Diante da morte
Tinha 17 anos e um mundo em suas costas. Trabalhava em um escritório para pagar as contas. Morava sozinho em um cubículo. Buscando melhoras em sua vida, estudava. Vez ou outra se divertia.
Migrante, vivia distante dos pais já fazia alguns anos. Nunca conseguira retornar a seu torrão.
Certo dia, no escritório, toca o telefone, seu chefe informa que é de sua cidade natal, alguém queria lhe falar. Na sala, muitos olhos e ouvidos atentos. Na sua imensa timidez atende e ouve o recado do outro lado: sua mãe falecera. Em fala monossilábica, agradece à pessoa do outro lado por ter ligado.
Interrogações nos olhares dos colegas de trabalho pedem informações:
-- Minha mãe morreu!
Milhares de quilômetros os separavam. Pediu licença e foi ao banheiro. Choro, cheiro de merda e mijo e a falta de sentido da vida. Passado alguns minutos, lavou o rosto e retornou a seus afazeres.
A partir daquele dia, sempre se emudece diante da morte.
Migrante, vivia distante dos pais já fazia alguns anos. Nunca conseguira retornar a seu torrão.
Certo dia, no escritório, toca o telefone, seu chefe informa que é de sua cidade natal, alguém queria lhe falar. Na sala, muitos olhos e ouvidos atentos. Na sua imensa timidez atende e ouve o recado do outro lado: sua mãe falecera. Em fala monossilábica, agradece à pessoa do outro lado por ter ligado.
Interrogações nos olhares dos colegas de trabalho pedem informações:
-- Minha mãe morreu!
Milhares de quilômetros os separavam. Pediu licença e foi ao banheiro. Choro, cheiro de merda e mijo e a falta de sentido da vida. Passado alguns minutos, lavou o rosto e retornou a seus afazeres.
A partir daquele dia, sempre se emudece diante da morte.
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