o balanço do mar
algumas barquinhas
e seus portugueses
o nativo a olhar:
meninos, meninas
homens, mulheres...
o choque. sangue a jorrar
indígenas a correr
portugueses a atirar
dominam todo litoral
- ainda sobra o sertão -
implantam canavial
áfrica tem os seus arrancados
vai se formando uma nação
com violência bestial
tempo passa, passa tempo
a máquina a moer gente:
colônia, império, república
a mesma lógica vigente
falta a amazônia integrar
pra tudo ser decadente
mais indígenas a tombar
nas periferias há gente?
novas senzalas a vigorar
derruba a floresta
põe o gado pra pastar
e tudo a se integrar
no ritmo padrão
de 1500 até hoje
eis o tom da nação
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